A Jam terminou. A todos os que se inscreveram o meu agradecimento. Acabámos por ter apenas uma submissão. Partilhem a vossa experiência e os motivos que levaram a que não conseguissem submeter o vosso jogo.
Mais uma vez obrigado,
João
Depois de apresentar esta Jam várias questões me foram colocadas. Vou procurar responder a cada uma delas.
1. Porquê o Narrativando?
O Narrativando nasceu com dois objectivos fundamentais, o primeiro é incentivar à comunidade de língua portuguesa a criar. Não buscar a perfeição, não buscar reflectir muito, mas simplesmente criar. Estimular e dar a conhecer o prazer de criar é o primeiro objectivo. O segundo objectivo tem a ver com uma questão que sendo muito discutida não tem qualquer interesse se não for contextualizada, e tem a ver com atrair "novos jogadores". Neste sentido, é necessário primeiro que tudo, definir o que entendemos por novos jogadores, mas para isso preciso de primeiro dizer que um novo jogador está dependente do seu contexto. É neste ponto que foco a ideia de novos jogadores no narrativando, ou seja, novos jogadores não se definem em exclusivo como pessoas que nunca jogaram, mas por pessoas que nunca jogaram e que poderão ser introduzidas em contextos inesperados ao jogo. Quero dizer com isto que podem criar um jogo como todos os outros, pensado para introduzir jogadores em eventos ou encontros de jogos, ou seja, em contexto propício, mas também para introduzir novos jogadores em contextos diferenciados e não naturalmente associados a jogos de RPG, por exemplo, colegas de trabalho numa sessão de team bulding, estudantes numa visita de estudo a umas ruínas antigas, ou até, convidados entediados num casamento onde nem o álcool parece ter um efeito catalisador. Ou seja, o segundo objectivo é criar jogos para introduzir novos jogadores em contextos que à partida não são esperados - sair da caverna.
2. Porquê 72 horas (3 dias)
Um jogo não é algo fácil de fazer, podem dizer que em 72 horas muito menos, mas a pressão de fazer um pequeno jogo (max 1 folha A4) em apenas 3 dias é mais uma ajuda que um bloqueio. Neste caso, o objectivo é criar, não pensar muito no erro e deixar a veia criativa sair vencedora. Nada melhor que um pouco de pressão e foco certo?
3. Porquê o formato curto?
Não sou dos que acham que o formato curto é melhor ou pior que o formato longo, nem que seja uma moda a seguir. Penso apenas que no contexto de Jam, em que o objectivo é criar e pensar em contextos pouco prováveis, o formato curto funciona melhor e responde melhor às necessidades. Não vejo qualquer jogo que possa sair desta Jam como uma obra acabada e final, pode ser ou não, o seu autor assim o dirá, bem como, pode ser o ínicio de um jogo que se tornará longo com o tempo; um exercício, uma prova de conceito, que originará outros jogos. Esta é uma Jam de ideias, e as melhores ideias podem ser escritas em pouco tempo e em pouco espaço, mesmo originando as maiores das obras.
Tens mais alguma questão? Gostavas de discutir ideais sobre esta Jam ou o que foi dito? Este é o espaço :-)
Olá Ricardo. O meu jogo tem a ver com caracóis e guerras, não somente entre caracóis mas em busca da Helix... a sua casca/casa... Até agora os preparativos estão meio "parados", o tempo tem sido inimigo a par do cansaço, mas, tenho o outline feito. Em traços gerais envolve caracóis... e lesmas. O ambiente do jogo é estilo far west, não no sentido de índios e Cowboys mas no sentido de abandono desértico, colonialismo e pequenas cidades sem lei longe das metrópoles. Os caracóis são profundamente orientados por lendas e mitos inspirados na mitologia egípcia, mas sem ter nada ver :-). O resto são aventuras muito lentas...
Olá a tod@s, chamo-me João e sou de Setúbal. Comecei a jogar RPG há uns 25 anos com o João Mariano. Na altura uma caixa vermelha de AD&D que foi evoluindo para CoC e muito WoD. O mundo foi ficando mais pequeno com os amigos a partirem, a família a crescer e o trabalho a tomar conta do tempo que tinha disponível. Recentemente um evento de saúde mudou a minha vida e voltei a olhar para o passado e a forma como tinha tratado todos, amigos e família, de forma diferente. Vamos sempre a tempo não é? A morte próxima faz-nos sempre pensar ou repensar a vida.
Comecei a tentar jogar RPG novamente (desde os tempos passados era apenas leitor e colecionador com alguns momentos numa equipa no trabalho e através da rede) foi difícil. e virei-me para quem estava mais próximo - a família. Até hoje desenvolvi alguns jogos simples para jogar com crianças, nesta fase, resume-se a um jogo, pensado para imitar o racional infantil.
De resto gosto de jogos de tabuleiro, banda desenhada, livros, cinema, música e de estar com a família.
Nas redes não deambulo muito, afastei-me do facebook e ao twitter vou pouco e com pouca paciência, mas podem encontrar-me na mastodon, em particular na tabletop.social, dedicada a jogos de mesa (rpg e tabuleiro).