"Tem muita coisa pra pensar e praticar aqui"
Seu comentário me deixou intrigado, Gabe.
Como um veterano de RPGénesis, eu vou citar duas obras que acabaram publicadas formalmente em algumas de suas edições passadas.
O primeiro deles foi Insetopia - um jogo de "body horror" inspirado no clássico A Metamorfose, de Franz Kafka: https://www.dungeonist.com/marketplace/product/insetopia/
O segundo (e mais recente) foi publicado ano passado, com o nome Ventos Uivantes. Nele, os jogadores interpretam uma Alcatéia (os últimos lobos da região) e sua chance de se vingar de seus caçadores: https://www.dungeonist.com/marketplace/product/ventos-uivantes/
Olá a todes.
Me chamo Jairo, tenho 35 anos - e, no meio destes, muitos como pesquisador e entusiasta de jogos narrativos.
Sou graduado em Psicologia, e tenho usado este arcabouço para analisar aspectos comportamentais e mecânicos de RPGs. Graças a iniciativas como o RPGénesis, me tornei autor de jogos em 2013, e fundei o meu selo de publicação - o Jogos à Lá Carte - em 2014.
Desde então, deixei de ser colecionador de jogos para virar pesquisador, partindo da leitura de jogos variados para compreender aspectos comportamentais, mecânicos e fundamentos do game design. Busco, em meus jogos, trabalhar com a transmissão de temas e reflexões a seus leitores e jogadores.
Isso me levou a produzir jogos bastante singulares, como o "body horror" Insetopia (criado num RPGénesis, inclusive), o mítico Jueju, o melancólico Postmortem e muitos outros. Tudo isso em formatos e mecânicas minimalistas, com forte apelo ao abstrato (ao "jogar", e não com trabalhos gráficos elaborados).
Vocês podem conferir mais sobre a minha produção em https://www.dungeonist.com/marketplace/publisher/jogos-a-la-carte/
Para este ano, estou preparando "Sob as Cinzas" - um jogo narrativo próprio para grupos compostos por 4 a 8 jogadores. Ao jogá-lo, boa parte do grupo interpretará (coletivamente) um grupo de Sobreviventes, presos em uma Cidade sitiada pelas forças inimigas, numa Guerra que está para terminar muito em breve - e da pior forma possível.
Com um futuro negro lhes aguardando, eles se reúnem pro que pode ser a última noite de cerco para executar um Plano de Fuga; um movimento claramente suicida, que visa deixar tudo aquilo para trás em busca de uma vida melhor.
Eu estou desenvolvendo este jogo, simultaneamente, no Twitter do meu selo (@LaJogos); lá, irei atualizar o processo de produção diariamente.
Portanto, fica o convite a vocês para acompanharem-no.
In this jam, I want to put ingame a discussion about bias, abuse and the struggle for identity. This will be illustrated in a futuristic society, where Androids live to serve mankind, and all of its whims.
This is a minimal, GM-less storygame with heavy content and (frequently) a bad and reflexive ending. Between the shame and repeatdly abuses, it can be a game about awakening, fear and revolution.
Players will act in the both sides of the society: Humans act like the masters who think they are - treating Androids as a mere creation, "tools" of their world. In the other hand, Androids are the leading figures of the fiction, discovering feelings and the place taken from its hands for the mankind.
In the end, will the Androids feel like Being... Alive?
(another brazilian writer right here, so... sorry about the "bad english")
I'm "rescuing" an old idea, started in another game jam last year. It's a game about Androids, and their relactions with the humans who owns them.
This is a unfair relationship: humans are toxic and abusive masters, imprisoning this artificial lifeforms on heavy laws and programming. Players will put themselves in both points of view in this GM-less, minimal storygame - to make stories about the liberation of the droids (as it seems on the name of the move, "Being... Alive").
This is a game of social science fiction, freedom and empathy. To all the fans of Blade Runner, Detroit: Become Human, Ghost in the Shell and another good cyberpunk stories. It's not about action, by the way; "heartwarming" is the keyword.
Eu sinceramente lamento pelo fim do #RPGenesis deste ano. Foi algo que acendeu uma chama em mim apagada, já que estive algum tempo afastado da cena, e de redes sociais em geral.
Nesse meio tempo, não tinha conseguido produzir nada. Estava decepcionado com a cena, e bastante desmotivado em escrever. Foi me forçando a retomar tudo, que esbarrei na iniciativa e isso me fez encontrar o que estava perdido.
Ou, pelo menos, eu acho.
Que esta iniciativa perdure, e que outras (res)surjam a partir disto.
Finalmente, o jogo está concluído!
Aos interessados, basta acessar o link abaixo:
https://m4lk1e.itch.io/ventos-uivantes
Segue o link direto da produção, para acompanhar "em direto". ^^
Passem, e deixem seus comentários para contribuir na produção.
https://docs.google.com/document/d/1iL3ucdNYRm6gKvnX3lXqaEzMZdemoVHPlSyEpkmZMe4/...
"Sempre vivemos pelas sombras, em terras tranquilas e inabitadas pelo ser humano. Respeitamos seus primeiros vilarejos, e recuamos ao perceber seu avanço e necessidades. Nunca quisemos envolvimento; apenas paz, e sossego.
Até que o avanço da humanidade cobrou seu preço: vimos nossos irmãos morrendo de forma indiscriminada, aos montes, com o passar do tempo. Ficamos cada vez mais afastados, vendo a morte chegar sem nada fazer.
Até que ela nos chamou. Nós, os últimos de nossa espécie. Com o seu chamado, ganhamos força, e razão - e, também, um propósito.
Esta é nossa hora."
Esta é a premissa de Ventos Uivantes, o meu projeto para este #RPGenesis.
Um jogo sobre lobos em pele de cordeiro... ou será o contrário?
Olá a todos. Me chamo Jairo, e já escrevo jogos de modo amador já faz alguns anos, dos recônditos do sul brasileiro.
Acompanho o RPGénesis desde os áureos tempos do Garagem RPG, e fiquei algum tempo isolado da comunidade. Como só estou retornando agora, vi no RPGénesis um exercício complementar aos meus estudos acerca de game design.
Saúdo a todos, e desde já aguardo pelos bons jogos da leva deste ano.