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Terra Adentro

Caminheiros nos Vales dos Dedos da Morte · By dreamup

Alquimista

A topic by dreamup created Aug 09, 2019 Views: 368 Replies: 4
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Há saberes de outros tempos anotados em livros perdidos, gatafunhos indecifráveis deixados por quem levantou hipóteses e fez experiências. Há métodos para chegar à verdade quando esta não está à frente dos nosso olhos. Há técnicas que transformam matérias que julgamos imutáveis. E, incompreendido por todos, o Alquimista compreende esta ciência. Ou às vezes compreende, não é fácil pertencer a uma tradição de estudiosos que se fecham em torres ou caves para tentarem desmontar de que é feito o mundo. Por isso, o Alquimista viaja sabendo que noutros lugares há novas matérias e outras soluções. Ele representa a luz da razão perdida num mundo de fantasia. Perante o inexplicável, há sempre perguntas,  hipóteses e experiências que não são impossíveis.

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A alquimia das Bombas está um pouco confusa na v1 e o próprio movimento precisa de ser mais acessível:

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Além disso, mexer nos mantimentos permite indirectamente ajudar o Alquimista:

Umas perguntinhas sobre a ficha do Alquimista:

Mistelas (Alquimia) "Quando tens tempo para experimentares no teu corpo uma mistura de substâncias..."

  • Imagino que a questão do tempo é porque não é algo a que recorras numa situação apertada, para isso tens que ter uma poção já devidamente rotulada, provavelmente à base de óleo de Estrengalhau.
  • É preciso o Alquimista gastar um recurso do seu laboratório ambulante ou algum frasco que encontrou por aí?
    Eu interpretei até agora que o recurso é puramente ficcional - "Entre as dezenas de frasquinhos que tens no teu laboratório encontraste dois ou três que, devidamente misturados, esperas que curem os roncos no teu estômago por já não teres mais porções de comida para terminar a viagem."

Poções (Alquimia)

  • Respeitando as devidas condicionantes, o Alquimista pode criar poções comparáveis em funcionalidade e valor às que estão na lista de Tralha?
  • Exemplo concreto: o Alquimista recolheu umas escamas de lagarto, que determinou darem para fazer uma Poção de Pele de Lagarto, desde que tenha acesso a uma fonte de calor por um dia inteiro.
    +1 de armadura, que acumula, até ao próximo nascer ou pôr do sol, soa razoável?
  • Ele tentou determinar o valor de tal poção, e eu olhei rapidamente para a tralha e achei que seria um tesouro comparável a (ou até melhor que) Açúcar Pérola ou Flor de Sal, então disse 100 a 200 moedas, será excessivo?
  • Naturalmente que o Alquimista quer vender essas poções (ele arranjou mais escamas) para pagar as dívidas.
    Eu frisei que não deve haver quem tenha dinheiro ou interesse,  mas como eu devo "ser fã dos protagonistas," talvez seja razoável arranjar maneira de ele o conseguir, mas com consequências complicadas (como envolver-se com um grupo de contrabandistas da pior espécie).
  • A preocupação quanto ao valor e à possibilidade de vender ou não, é se poderá arruinar o equilíbrio precário que os faz Entrar no Vermelho e os obriga a ir Terra Adentro à procura de tesouros.
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Da mesma maneira que a Bruxa responde pelo "o que é magia" em Terra Adentro, o Alquimista responde pelo "o que é ciência". Ambos são desprezados pela sociedade de Lugo por motivos diferentes mas semelhantes. Podemos perguntar aos jogadores porquê. À partida, imagino que o Alquimista invista imenso tempo em experiências falhadas à procura de algo que funcione de modo minimamente consistente. Não é fácil fazer ciência num mundo em que a magia é real, pois os resultados de cada experiência são afectados por factores muito difíceis de isolar, como a simpatia entre componentes, espíritos que existem em todas as coisas, etc. Para uma poção chegar a um ponto em que tem um nome, um preço e está numa tabela do jogo, tem uma longa história por trás que lhe dá um mínimo de garantia que funciona. Imagino por isso que, apesar do Alquimista ser eventualmente capaz (depende do movimento) de reproduzir qualquer poção que esteja listada na tralha, aquilo que o define é explorar os limites do que é possível e não fazer aquilo que os outros já fazem. É a diferença entre tecnologia e ciência, não é? 

Tentando responder às perguntas, o tempo que o Alquimista precisa e o que é que tem de fazer para mexer com as suas mistelas é uma questão a colocar ao jogador. Não gasta nenhum recurso especificado à partida, a ideia é que de facto ele traz consigo montes de substâncias que supostamente não servem para nada. O que ele está fazer com as mistelas é brincar com esses restinhos de coisas inúteis a ver o que é que dá. São uma experiência muito pessoal e praticamente impossível de reproduzir. As mistelas funcionam no corpo dele porque o Alquimista já tem muitos anos de fazer experiências com ele próprio. 

Dada aquilo que descrevi acima, será evidente que ninguém quer sequer tocar numa poção feita pelo Alquimista a não ser que seja algo perfeitamente reconhecível e, mesmo assim, nem pensar em comprar-lhe alguma coisa quando a sua reputação está só a nível 1. Quem é este maluco? Já vai com muita sorte em alguém eventualmente lhe emprestar dinheiro. Não,  a vida não é justa. 

Já agora, ao inventar poções, nunca esquecer de dar primazia à ficção. Primeiro diz-me que esta poção transforma a minha pele numa cena esverdeada com escamas como de um lagarto. Eu já nem sei se quero ouvir a parte da armadura +1 tendo em conta que a minha mulher não me quer ver assim. Acho que nem sequer te faço uma oferta por ela. Mas sem dúvida que pode ser útil para aventureiros sem eira nem beira que são essencialmente chutados para Leste.